Souto de Moura é realmente um dos expoentes da nossa arquitectura, se se pode dizer que existe uma arquitectura portuguesa. Um arquitecto tem que ter uma vivência e uma cultura visual enorme. Tem que viajar muito, conhecer muito, ler muito e "inventar" muito. Por isso acho que a arquitectura é cada vez mais global, mais influenciada por tudo. Já o arquitecto francês Jean Nouvel disse: “Ser moderno é fazer o melhor uso da memória e arriscar-se a inventar”. A arquitectura é um processo criativo e nesse contexto ser diferente, para além do seu tempo, torna o arquitecto um artista por vezes adorado por vezes incompreendido. Ao contrário de muitos sou dos que consideram o Estádio Municipal de Braga uma obra mas não um estádio. Apesar de todos os prémios e de todas as visitas internacionais de arquitectos e estudantes de arquitectura ao espaço esta obra é de um alcance moderno e arrojado como só Souto de Moura sabe mas, dizem-me alguns amigos meus bracarenses que ele devia de ir lá durante o inverno ver 2 ou 3 joguitos de futebol. Dizem eles que no primeiro admira-se a obra, no segundo jogo sente-se a obra e no terceiro jogo mata-se a obra. Talvez possamos pensar em algumas obras como um desfile de alta costura das grandes griff's internacionais. Na maior parte das vezes o que estamos na passerelle a admirar é apenas uma obra que não vai ser utilizada por ninguém. NUNCA. E perdõem-me mas quero continuar a pensar assim senão, um dia destes ainda tenho que considerar a Fátima Lopes uma artista, uma arquitecta da costura e, posso jurar, isso nunca vai acontecer.
Mas amanhã Eduardo Souto de Moura faz anos e afinal é mais um prémio para Portugal que afinal, também merecemos coisas boas
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Souto de Moura é realmente um dos expoentes da nossa arquitectura, se se pode dizer que existe uma arquitectura portuguesa. Um arquitecto tem que ter uma vivência e uma cultura visual enorme. Tem que viajar muito, conhecer muito, ler muito e "inventar" muito. Por isso acho que a arquitectura é cada vez mais global, mais influenciada por tudo. Já o arquitecto francês Jean Nouvel disse: “Ser moderno é fazer o melhor uso da memória e arriscar-se a inventar”.
A arquitectura é um processo criativo e nesse contexto ser diferente, para além do seu tempo, torna o arquitecto um artista por vezes adorado por vezes incompreendido.
Ao contrário de muitos sou dos que consideram o Estádio Municipal de Braga uma obra mas não um estádio. Apesar de todos os prémios e de todas as visitas internacionais de arquitectos e estudantes de arquitectura ao espaço esta obra é de um alcance moderno e arrojado como só Souto de Moura sabe mas, dizem-me alguns amigos meus bracarenses que ele devia de ir lá durante o inverno ver 2 ou 3 joguitos de futebol. Dizem eles que no primeiro admira-se a obra, no segundo jogo sente-se a obra e no terceiro jogo mata-se a obra.
Talvez possamos pensar em algumas obras como um desfile de alta costura das grandes griff's internacionais. Na maior parte das vezes o que estamos na passerelle a admirar é apenas uma obra que não vai ser utilizada por ninguém. NUNCA.
E perdõem-me mas quero continuar a pensar assim senão, um dia destes ainda tenho que considerar a Fátima Lopes uma artista, uma arquitecta da costura e, posso jurar, isso nunca vai acontecer.
Mas amanhã Eduardo Souto de Moura faz anos e afinal é mais um prémio para Portugal que afinal, também merecemos coisas boas
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