Diz-me a experiência profissional e a estatística do meu escritório e de escritórios limítrofes (outros Colegas), de que um homem dificilmente tem a iniciativa ou o propósito de se divorciar.
Foram poucos os divórcios que dei entrada, em Tribunal, em que o autor era o marido.
Na verdade e apesar de muitas das vezes serem os maridos que dão causa ao divórcio, o certo é que, mesmo nesses casos, eles preferem manter o casamento.
E, mesmo quando o marido partilha os seus deveres conjugais com mulher que não a sua, o que, de resto, acaba por ser frequente, também neste caso a estatística se mantem inalterada.
A excepção só se coloca quando a mulher, que não a sua, pretende ser efectivamente sua e ele a isso se não opõe.
Neste caso, o homem é capaz de tomar a iniciativa já que, por detrás dele alguém terá para lhe dar as devidas coordenadas e decidir do seu propósito.
Foi o que aconteceu com um caso que tratei há uns tempos.
Um casamento de vários anos, filhos em comum, casa própria, dois carros, dois empregos.
Duas vidas que deixaram adormecer os sonhos e tornaram o casal moribundo.
Até o dia em que apareceu a Outra!
A Outra, reunida com todos os apetrechos adequados para o efeito.
E lá se foram o sossego e o aconchego mórbido do lar!
A Mulher perdeu espaço! A Outra ocupou-o deliberadamente.
O divórcio, ao fim de alguma luta e resistência, acabou por ser decretado.
Pouco tempo decorrido e quando se apresentou no meu escritório para regularizar o pagamento dos honorários, quis saber da felicidade do "audaz"!
A sorte do marido que tivera a "coragem" de intentar o divórcio!
Afinal, não fora grande coisa. Tivera azar.
É que, segundo ele, "saiu de um buraco e meteu-se num poço"! A Outra era terrível!
E o pior era que a Mulher, a Mãe dos seus filhos, agora não queria saber dele para nada.
Pudera!
fevereiro 01, 2009
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15 comentários:
Deu tudo errado, não é?! O homem é mais conformado..Gostei! Bj
Ahahahaahahahah...acho que voltarei a comentar este artigo doutora mas não se esqueça de ir ao Doce inscrever-se para o grupo virtual da dança do ventre...Bjs e votos de boa semana.
Pois.
Acho que a teoria da estatistica é capaz de estar correcta mas não acredito em santos ....
Também conheço histórias de homens que andam com mulheres casadas. Será que essas são boazinhas? O problema de muitos divorcios é só acontecerem quando se descobre. Seja de que lado for.
Como disseste, a Outra teve espaço para entrar. E de quem é a culpa? PAra mim é sempre de ambos.
Quanto ao facto d ele se meter no poço, ninguém tem a certeza do futuro mas só o podemos saber depois de chegar lá e ter tentado.
ele pelo menos tentou ser feliz. Este caso diz-nos que não conseguiu.
Todos têm direito à felicidade. Pelo menos devemos tentar...
Sair de um casamento para se meter logo noutro, só um tótó. Foi bem feito.
PS- Já expliquei lá no Rochedo, a razão de desejar chuva hoje. Diga lá se não tinha razão.
Tossan:
de certa forma o homem é mais preguiçoso para esse tipo de coisas...
Doce:
fico à espera.
CAS:
ninguém quis falar de culpa, não entendeu o post. Melhor ler de novo!
Para manter um casamento é preciso fechar várias vezes os olhos...Ou pensam que a infidelidade é um mero acaso?
C.B.O.
não chegou a tanto. Ela era "terrível", despachou-o antes disso...
Felizmente que a solução para este problema está proxima. O Programa do próximo Governo do Inginheiro, vai não só legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, como também as relações de poligamia.
Acredito que o grupo profissional da Sra. Dra. não vá apreciar muito esta solução porque os divorcios vão acabar. Em substituição do antigo casa/separa evoluiremos para o casa/casa.
Terá também um forte impacto no combate à crise, fomentará o emprego, com a construção de Tipologias acima do T5 com salas de jantar de 180m2 (para a celebração do Natal), diminuirá o defice, porque todos pagarão muito mais IRS ( Contribuinte poli casado com descendentes de 7 casamentos >> Taxa 53,5%) e contribuirá definitivamente para inverter esta quebra de nascimentos. Haverá um incremento exponencial na busca de bébés para adopção, e nas relações poli mais bébés quanto mais poli.
Um abraço
Não queria comentar porque a moderadora não vai deixar passar este...arrisco-me ao mau feitio da autora do "blog" com um parágrafo que recordo de um livro que li, de que aliás concordo, começa assim.
Não acredito que um homem possa gostar de uma só mulher a vida toda, acho que um homem que gosta de uma única mulher é porque não gosta de nenhuma. Não há homens fiéis, o que há é homens que não conseguem ser infiéis.
E francamente Doutora "alguém terá para lhe dar as devidas coordenadas e decidir do seu propósito" está a falar de que e de quem dalgum mentecapto! E poupe-nos as ironias "quis saber da felicidade do "audaz!", "A sorte do marido que tivera a "coragem" de intentar o divórcio!".
Vera Lúcia a outra, realmente é a primeira vez que da tua lavra leio uma rábula tão miserável.
Discordo veementemente deste "post" na íntegra, não porque descreve um caso real mas da ilação que a autora pretende tirar, a laia de moral da história.
R.C.:
a política não é chamada a este Blog, com o devido respeito pela mesma e pelas suas personagens activas, como é o caso de V. Exª.
Isso porque, na minha perspectiva, a Política podendo ser, não é, neste momento, nenhum Miró!
Ata:
moral da história: não percebeste a história!
Querida vap concordo inteiramente com a tua constatação, também a mim a experiencia profissional me diz que realmente a iniciativa do divorcio é quase sempre das mulheres, só quem não trabalha na advocacia é que poderá nao perceber do que falamos...efectivamente e lamentavelmente só passa a ser do homem quando há a "outra", e muitas vezes até se deslocam ao escritório já com a outra, a candidata (a "mãe").
O motivo é que o homem precisa muito mais da mulher do que vice versa, e isto nao é uma opinião, é uma conclusão, senão vejamos, desde que nasce é obrigado a acatar as ordens e cuidados da mãe, que têm um papel mais activo na sua criação do que o pai, e...depois casa-se ou junta-se e a mulher por quem um dia se perdeu de amores, passa a ter um papel de "mãe", roupinha lavada e passada, comidinha na mesa e tudo o mais...- parece quase um fado- e claro está, arranjam outra para se perderem de amores!!! è a lei da vida!!!!!!!!
Estamos a falar de estatiscas e não de excepções, que também as há.
Cumprimentos para todos os div`ertidos!
susy
Oh ATA, tu bebeu ... Vera Lúcia a outra? Tu não a conheces bem. Nem imagino as hostilidades .... Coitado, vê se tens seguro de vida ... hehehe
Ata penso que será melhor te retratares, todos temos dias maus!!!
Vera Lucia nunca será a outra.
Susy
Adorei! Eu já sabia isto mas nunca tinha visto assim escrito!
Queria deixar claro que não me refiro à Vera como a outra, só estou a fazer uma interjeição, ou seja e para que não restem dúvidas, ao termo usado "a Outra" como a aplicação de ironia.Não se trata aqui de me retratar porque não estou a insultar ninguém nem tão pouco a identificar a outra com a autora do blog que aliás é minha amiga com quem já tive oportunidade conversar.
Reitero que não estou a identificar a outra com ninguém, e volto a referir que o alvo da minha critica vai e sempre foi no sentido dado à ironia utilizada pela autora.
Além do mais não estou a pôr em causa as estatísticas que são um facto nem à veracidade deste caso concreto.
Depreendo que não entenderam o que quis criticar ou então não me expressei convenientemente,deste modo vou mudar o termo miserável que a autora deste blog não o merece, as minhas desculpas, para a desadequada ironia empregue na descrição das personagens que participam nesta história.
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