dezembro 31, 2008

dezembro 30, 2008

Um Natal repleto de Mirós



Foi, de facto, um Natal repleto de Mirós.
Passado, pela primeira vez, na aldeia, ao cheiro dos fogões a lenha e das lareiras, na casa onde, durante dezenas e dezenas de anos, a minha família materna comemorou o nascimento de Jesus.
Todos temos a nossa aldeia. Embora lá não tenhamos nascido, lá nasceram os nossos pais, ou os nossos avós, ou outros que lhes antecederam.
E é sempre um lugar especial.
É a nossa aldeia.
A minha aldeia preparou-se adequadamente para receber o Natal. Vestiu as janelas de luzinhas mágicas, enfeitou as árvores dos caminhos, com bolas e enfeites de luz e de cor, nas portas colocou anjos e coroas, iguais aos que se colocam nas cidades, mas bem mais simples e, por isso, bem mais bonitos. Por todo lado se viam Pais Natal meio toscos, misturados com dragões de louça azul, do FCP.
De todas as casas sentia-se o cheiro do bacalhau a cozer e adivinhava-se o amontoado das cascas de batatas colocadas de parte, para o Natal do porco.
Como é sempre bonito o Natal na nossa aldeia?
Foi, de facto, um Natal bonito.
Seguiu-se a Missa do Galo que também foi uma estreia, para mim.
O colorido da igreja, os cheiros a incenso, o Nascimento, o beijar o Menino.
Os cânticos, o orgão a tocar, as orações e uma vontade enorme de eternizar nas nossas vidas a verdadeira mensagem de Natal, vivida naquele momento.
Mais tarde a visita ao Circo! Ao circo ambulante, que anda de terra em terra, carregando os artistas, onde todos fazem parte do cenário, da família, do espectáculo. Desde o dono do circo, o trapezista, até à avestruz e ao hipopótamo.
Ao circo onde as vedetas se vestem com roupas de cartolina e se maquilham como os desenhos das crianças, nos infantários.
Onde o vendedor da pipoca ao intervalo é o palhaço do número seguinte.
Onde a rede de protecção dos acrobatas tem remendos perigosos, prestes a darem de si, e as bailarinas têm foguetes nas meias e a barriga saliente.
Para mim, o Circo mais bonito de todos! O verdadeiro circo!
Para terminar estes Mirós do meu Natal, só mesmo ALA (António Lobo Antunes), no Clube Literário do Porto, no passado dia 27, para receber o prémio, com o mesmo nome.
Uma verdadeira delícia ouvi-lo, num sábado à noite de chuva e frio, em plena cidade do Porto, ali bem juntinho ao Rio Douro.
O meu Natal foi, de facto, um Natal repleto de Mirós.
A todos os Mirós que o povoaram o meu muito obrigada!

dezembro 26, 2008

Natal nas Origens




Sandim, 25 de Dezembro de 2008.

dezembro 23, 2008

Natal 2008

Dezembro.25


No mesmo dia em que se festeja o nascimento do Menino, Miró partiu.
No mesmo dia, 25 de Dezembro, há 25 anos.
A foto do Blogue, para que o Natal seja sempre como o azul de Miró.

Um Santo e Feliz Natal


Que este Natal seja para todos um verdadeiro Miró.

dezembro 22, 2008

O Natal é todos os anos e os jantares também!

Não percebo muito bem a moda de se fazerem jantares de Natal.
Se o Natal é todo o ano, porque os jantares também não o são?
É que, desculpem lá, mas acaba por ser uma chatice agendar tanto jantar!
Ele é o jantar do escritório, o jantar da comarca, o jantar dos amigos mais próximos, os jantares dos amigos menos próximos, os jantares familiares, os jantares das associações, os jantares das empresas, os jantares dos colegas antigos, os jantares dos colegas recentes, bem...uma verdadeira azáfama gastronómica, agito social e verdadeira movida financeira!
Não há quem aguente!
Eu por mim vou decretar um ano de 2009, mais Zen!
Vou distribuir os jantares pelos 12 meses do calendário!
É que, afinal, o Natal é quando o homem quiser!
E os jantares também!

dezembro 19, 2008

Edith Piaf


Paris, 19/Dezembro/1915

Edith Piaf - La Vie En Rose

dezembro 18, 2008

Paul Klee


Suiça, 18/Dezembro/1879

dezembro 17, 2008

Elton, o menino de Itabuna

Ao publicar essa foto com as cadeiras do engraxador, lembrei do Elton.
O menino de Itabuna.
Garoto cor de chocolate e sorriso de marfim.
Encontrei-o na cidade maravilhosa.
No meu Rio de Janeiro.
Numa tarde quente, como todas as tardes quentes do Rio.
Tinha uma caixa de madeira a tiracolo, presa por uma tira de couro.
Caixa que usava diariamente no seu ofício.
Almoçou connosco, num restaurante em Copacabana, porque nos pediu de comer.
Foi modesto no pedir, mas encheu o prato de arroz, feijão e farofa.
Como bom carioca bateu papo e contou a sua história.
Vinha de Itabuna (no final da linha do metrô) para trabalhar no seu ofício.
A mãe era doméstica, o pai bandido, dos bravos.
Era Elton, em homenagem ao Elton John, que a mãe adorava.
Era Vasco, e a sua Caixa fazia várias referências ao clube do seu coração.
Porém, quando soube que eu era Flamengo, foi logo dizendo que também era e que aquela Caixa não era a dele era a do primo, que lha tinha emprestado.
Brasileiro que se preze tem esse jogo de cintura, quer agradar e sabe como agradar.
O Elton agradou! Fez jus à alma brasileira.
No final pedi para tirar-lhe uma foto com a Caixa, tal como ele tinha entrado no restaurante.
E ele com aquele sorriso de marfim e rosto de chocolate pediu que a Caixa não fizesse parte da fotografia.
Fiz-lhe a vontade.
A Caixa do Elton, era a sua Cadeira de Engraxador.

A Cadeira do Engraxador


Rua Sampaio Bruno, no Porto.
Onde ainda se dá o verdadeiro brilho ao sapato de couro.

dezembro 16, 2008

Há uma música do povo

Mariza


Moçambique, 16/Dezembro/1973

Wassily Kandinsky


Moscovo, 16/Dezembro/1866

dezembro 15, 2008

Life is Good. PP


Para quem entende a linguagem dos afectos e, tal como Niemeyer, hoje também comemora uma Capícua. Parabéns.

Oscar Niemeyer declama poema

Óscar Niemeyer.101


Rio de Janeiro, 15/Dezembro/1907
Rio de Janeiro, 15/Dezembro/2008
"Não me sinto importante. A arquitectura é meu jeito de expressar meus ideais: ser simples, criar um mundo igualitário para todos, olhar as pessoas com optimismo. Eu não quero nada além da felicidade geral".

dezembro 12, 2008

Frank Sinatra


USA, 12/Dezembro/1915

Edvard Munch


Noruega, 12/Dezembro/1863

dezembro 11, 2008

Manoel de Oliveira.100


Porto, 11/Dezembro/1908
Porto, 11/Dezembro/2008
100 Palavras.

Aniki-Bóbó


"Aniki-bébé, Aniki-bóbó
Passarinho, Tótó
Berimbau, Cavaquinho
Salomão, Sacristão
Tu és Polícia, Tu és Ladrão!"

O Primeiro Miró de Manoel de Oliveira.

"Também tu Teresinha me acusas de ter roubado a boneca?"

dezembro 10, 2008

Juan Muñoz em Serralves


Um dos maiores escultores do século vinte (1953-2001) o Madrileno Juan Muñoz chega ao Museu de Serralves, depois de passar por Londres (Tate Modern) e por Bilbao (Guggenheim).
O que nem todos sabem é que as esculturas de Juan Muñoz podem ser vistas, diária e permanentemente, no Jardim da Cordoaria, no Porto.
São os engraçados bonecos que se riem a bandeiras despregadas, talvez (quem sabe?), pelo que fizeram ao magnífico Jardim da Cordoaria.
Valha-nos ao menos um espanhol, com graça, para dar graça ao que já perdeu a graça!

dezembro 09, 2008

Alçada - O Sedutor dos Afectos


"Sou um boémio de espírito".
"Fui uma pessoa de muita sorte, mas não imagina o trabalho que tive para ter essa sorte toda".
Entrevista de António Alçada Baptista a Carlos Vaz Marques.
TSF, em 2/Julho/2003.

dezembro 05, 2008

A Cadeira do Alfageme


Algumas destas cadeiras são verdadeiras preciosidades.
Tão preciosas quanto as histórias que têm para contar.
São verdadeiros Mirós do nosso passado.

dezembro 04, 2008

Cadeira Gonçalo





Considerada por alguns como um objecto perfeito, a cadeira Gonçalo é a cadeira de esplanada mais portuguesa de todas.
As primeiras cadeiras, imaginem, terão aparecido em Lisboa, nos anos 30/40.
Nos anos 50 o mestre serralheiro - Gonçalo Rodrigues dos Santos - terá criado o modelo definitivo o qual veio a ser registado já nos anos 90.
Poucos sabem que se trata de uma cadeira de design exclusivamente português.
E também não são muitos os que lhe dão o devido valor.
Para mim, é um verdadeiro Miró!

dezembro 03, 2008

dezembro 02, 2008

Maria Callas


Nova Iorque, 2/Dez./1923