"Sem memória esvai-se o presente que simultaneamente já é passado morto. Perde-se a vida anterior. E a interior, bem entendido, porque sem referências do passado morrem os afectos e os laços sentimentais. E a noção do tempo que relaciona as imagens do passado e que lhes dá luz e o tom que as datam e as tornam significantes, também isso. Verdade, também isso se perde porque a memória, aprendi por mim, é indispensável para que o tempo não só possa ser medido como sentido."
- De Profundis, Valsa Lenta -
Hoje, por mero acaso, peguei este livro da estante, o qual li há mais de 10 anos.
Hoje, 12 de Janeiro, precisamente, 14 anos após "...parece que é Cardoso Pires...".
As coincidências que também ajudam a alimentar a memória dos que já partiram.
janeiro 12, 2009
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