março 26, 2009
W.C. no R/chão
Aconteceu hoje, no 3º piso dos Juízos Cíveis do Porto.
Eu aguardava a chamada para uma diligência.
A testemunha também aguardava que a chamassem para dizer de sua ciência.
A natureza, porém, pregou-lhe uma partida, daquelas, aliás, perfeitamente normais para o comum dos mortais.
Quando menos esperava foi apoderada de uma imensa vontade de dar corda aos rins.
Procurou, em vão, as instalações a esse fim destinadas.
Até o solicito funcionário judicial a informar de que W.C....só no R/chão.
Melhor não facilitar, pensou a testemunha e logo o disse.
É que o mais certo era ser chamada, durante a viagem entre o 3º piso e o R/chão.
E lá iria a sua razão de ciência, para não falar da multa em que seria condenada.
Eu, sinceramente, acho inadmíssivel o sucedido.
Como é possível alguém deslocar-se a um Tribunal, em Portugal, e ter esse tipo de vontades?
Esquece, sem dúvida, que somos cidadãos da Europa Comunitária!
Que é o mesmo que dizer que não valorizámos tais necessidades básicas.
Em todo o caso, devem as exigências ser bem diferentes, em situações como a da Adega do Sr Manel.
Aquele espaço encolhido, de 3o metros quadrados, onde o sr Manel há mais de 50 anos serve petiscos.
Teve agora de fazer obras, para fazer mais um W.C..
Exigências comunitárias. É que agora os WC não podem ser unisexo.
Também, quem lhe manda a ele servir petiscos num espaço daqueles?
Não há condições e afinal nós estamos na EUROPA!
Se bem que, dizem as más línguas, muitos dos que vão aos Juízos Cíveis do Porto, acabam por verter águas na Adega do Sr Manuel!
VENDE-SE TEATRO - Cidade do Porto
Não há dúvidas de que a cidade do Porto tem cada vez mais coisas para oferecer aos seus habitantes e a quem por lá passa.
As ofertas têm sido imensas e a vários níveis. Agora até tem um Teatro à venda, para quem o quiser comprar.
Fica ali, em plena baixa, quase em frente ao Café da Brasileira.
Dá pelo nome de Teatro Sá da Bandeira.
março 20, 2009
março 17, 2009
Think Gaia, Think Global
Declaração de Gaia
Hoje, na Casa da Presidência, aqui em Vila Nova de Gaia, foi assinada a Declaração Constitutiva do Condomínio Terra.
Trata-se de um movimento global, da iniciativa de cidadãs e cidadãos de todo o planeta, dirigido a todos os actores da comunidade internacional, tendo por base a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Gaia, Deusa da Terra, filha de Caos, personifica a base onde se sustentam todas as coisas.
Gaia, cidade portuguesa, renascida do caos, aceitou o desafio de contribuir para uma boa vizinhança global.
Para mais informações e caso pretenda assinar a declaração online:
www.condominiodaterra.org
Outro Miró de JLR
Um perfume de rosa envolvido numa onda.
Como é rara uma onda com perfume de rosa.
Como é rosa rara uma onda envolvida em perfume.
março 16, 2009
Outro Miró
Praia da Aguda. Sábado à tarde.
Mar de maresia eterna,
por vezes de maremoto,
de marinas encantadas,
de um marear ondulante,
de marinhas perdidas,
de marolas inconstantes,
de marinheiros aventurosos,
de marasmos encismados,
de maravilhas escondidas
JLR
Um Miró recebido ontem
Vera
Vem lentamente, subindo,
Enredando, se levanta.
Rara pedra emergindo,
Ardendo, se espanta.
Alva e suave com cores
Leves e sensuais.
Verdadeira nos humores
Envolvendo os demais.
Sorrindo para os mortais.
Perdida no seu blogue.
Ei-la que escreve fácil.
Rainha, se promove.
Em voz e aspecto ágil.
Irmanada com uma aura
Reina em toda a Gaia.
A moça é um Verão!
Gaia, 15 de Março de 2009.
Vem lentamente, subindo,
Enredando, se levanta.
Rara pedra emergindo,
Ardendo, se espanta.
Alva e suave com cores
Leves e sensuais.
Verdadeira nos humores
Envolvendo os demais.
Sorrindo para os mortais.
Perdida no seu blogue.
Ei-la que escreve fácil.
Rainha, se promove.
Em voz e aspecto ágil.
Irmanada com uma aura
Reina em toda a Gaia.
A moça é um Verão!
Gaia, 15 de Março de 2009.
março 09, 2009
Inaugurações em Miguel Bombarda
Sábado foi dia de inauguraçoes em Miguel Bombarda.
Não só nas galerias, mas também a inauguração do troço pedonal.
Da autoria do Arqº Oliveira Dias com pinturas de Ângelo Sousa.
Aqui ficam alguns registos. Alguns Mirós que lá encontrei.
março 08, 2009
No dia que é o nosso
Hoje, eu e 8 amigas fomos tomar chá à Foz, ao 66 da Avenida Brasil.
Para comemorar um dia que é o nosso. Como nossos são todos os dias.
Porém, hoje, todas fizemos um esforço para nos reunirmos.
E, por isso, já valeu a pena festejar o nosso dia!
março 07, 2009
O Principe, a Rosa e o Taj Mahal
Recordo aquele dia em que fui à casa da Rosa. Uma casa nova construída sobre uma casa de campo, muito antiga.
Daquelas casas de aldeia do início do século passado.
Não era a casa de sonho dela. É certo.
Ela até tinha um terreno excelente, no centro da freguesia, para construir a casa dos seus sonhos.
Um terreno que, segundo ela, dava até para construir duas casas de quatro frentes.
Mas decidira fazer a vontade ao marido. Era a casa onde ele tinha nascido. A casa dos pais. E ele tinha muito gosto nela.
Ele gostava daquela casa como um princípe gosta do seu palácio.
Ela detestava a casa. O buraco onde estava implantada e a falta de condições da mesma.
Mas a Rosa, pelo seu Princípe, fez dessa casa o seu Palácio.
E com as economias de uma vida inteira de sacríficios, lá foi construindo passo a passo o seu Palácio.
Cada tijolo, ali colocado, cada parede, cada detalhe foram feitos pelas mãos da Rosa e do seu Princípe.
Anos e anos sem férias, anos e anos de trabalho a ocuparem os momentos de lazer na construção da sua casa.
Todas as economias estavam ali. No chão que se pisava, nas guarnições das portas e das janelas, nas louças, na cozinha.
Os cortinados pagos com as gorjetas de motorista de longo percurso. Quando o seu Princípe levava as pessoas a viajar, por essa Europa fora, Paris, Amesterdam, Madrid. Sim, porque ele chegava a ganhar mais com as gorjetas do que de ordenado.
Pagavam muito mal e ele andou nessa vida mais de 30 anos. Afastado dos seus, por longos períodos de tempo.
Mas dessas viagens trazia sempre boas gorjetas, depois de descontado o valor do presente que sempre comprava para a Rosa.
É que a Rosa colecciona perfumes. Tem dezenas de perfumes. Intactos. Não os usa, porque não sai. Mas ela adora. Os frascos, a cor, o cheiro se calhar também. Tem todos numa vitrine, especialmente adquirida para o efeito.
Dizia-me a Rosa, no dia em que fui a casa dela, que agora, aproximando-se a reforma, o que queria era um tempinho para dar uns passeios com o seu Princípe. Que adorava viajar, mas nunca tinha ido a lado nenhum.
A reforma chegou. Agora. Este ano.
O seu Princípe morreu hoje, sábado, às seis da tarde, no IPO.
O seu Principe era o meu Querido Primo Manuel.
março 05, 2009
100.Patativa do Assaré
EU QUERO
Quero um chefe brasileiro
Fiel, firme e justiceiro
Capaz de nos proteger
Que do campo até à rua
O povo todo possua
O direito de viver
Quero paz e liberdade
Sossego e fraternidade
Na nossa pátria natal
Desde a cidade ao deserto
Quero o operário liberto
Da exploração patronal
Quero ver do Sul ao Norte
O nosso caboclo forte
Trocar a casa de palha
Por confortável guarida
Quero a terra dividida
Para quem nela trabalha
Eu quero o agregado isento
Do terrível sofrimento
Do maldito cativeiro
Quero ver o meu país
Rico, ditoso e feliz
Livre do jugo estrangeiro
A bem do nosso progresso
Quero o apoio do Congresso
Sobre uma reforma agrária
Que venha por sua vez
Libertar o camponês
Da situação precária
Finalmemte, meus senhores,
Quero ouvir entre os primores
Debaixo do céu de anil
As mais sonoras notas
Dos cantos dos patriotas
Cantando a paz do Brasil
Assaré, 5/Março/1909
Nos 100 anos da Voz do Sertão Nordestino!
Um Miró do Ceará.
março 04, 2009
Como ter um casamento duradoiro
Um casal foi entrevistado num programa de televisão, porque estavam
casados há 50 anos e nunca tinham discutido.
O repórter curioso pergunta à mulher:
Mas vocês nunca discutiram mesmo?
Não - responde a mulher.
Como é possível isso acontecer?
Bem, quando casámos, o meu marido tinha uma égua de estimação.
Era a criatura que ele mais amava na vida.
No dia do nosso casamento, fomos de lua-de-mel na nossa carroça puxada pela égua. Andámos alguns metros e a égua, coitada, tropeçou. O meu marido olhou bem para a égua e disse: - Um.
Mais alguns metros e a égua tropeçou novamente. O meu marido olhou para a égua e disse: - Dois.
Na terceira vez que ela tropeçou, ele sacou da espingarda e deu uns cinco tiros na bichinha. Eu fiquei apavorada e perguntei:
Seu ignorante desalmado, porque é que tu fizeste uma coisa dessas, homem?
O meu marido olhou para mim e disse: - Um.
Depois disso nunca mais discutimos.
O repórter curioso pergunta à mulher:
Mas vocês nunca discutiram mesmo?
Não - responde a mulher.
Como é possível isso acontecer?
Bem, quando casámos, o meu marido tinha uma égua de estimação.
Era a criatura que ele mais amava na vida.
No dia do nosso casamento, fomos de lua-de-mel na nossa carroça puxada pela égua. Andámos alguns metros e a égua, coitada, tropeçou. O meu marido olhou bem para a égua e disse: - Um.
Mais alguns metros e a égua tropeçou novamente. O meu marido olhou para a égua e disse: - Dois.
Na terceira vez que ela tropeçou, ele sacou da espingarda e deu uns cinco tiros na bichinha. Eu fiquei apavorada e perguntei:
Seu ignorante desalmado, porque é que tu fizeste uma coisa dessas, homem?
O meu marido olhou para mim e disse: - Um.
Depois disso nunca mais discutimos.
março 03, 2009
Águas de Março
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
É peroba no campo, é o nó da madeira
Caingá candeia, é o matita-pereira
É madeira de vento, tombo da ribanceira
É o mistério profundo, é o queira ou não queira
É o vento ventando, é o fim da ladeira
É a viga, é o vão, festa da cumeeira
É a chuva chovendo, é conversa ribeira
Das águas de março, é o fim da canseira
É o pé, é o chão, é a marcha estradeira
Passarinho na mão, pedra de atiradeira
É uma ave no céu, é uma ave no chão
É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão
É o fundo do poço, é o fim do caminho
No rosto um desgosto, é um pouco sozinho
É um estepe, é um prego, é uma conta, é um conto
É um pingo pingando, é uma conta, é um ponto
É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando
É a luz da manha, é o tijolo chegando
É a lenha, é o dia, é o fim da picada
É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada
É o projeto da casa, é o corpo na cama
É o carro enguiçado, é a lama, é a lama
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um resto de mato na luz da manhã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É uma cobra, é um pau, é João, é José
É um espinho na mão, é um corte no pé
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
Um Miró de Tom Jobim
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
É peroba no campo, é o nó da madeira
Caingá candeia, é o matita-pereira
É madeira de vento, tombo da ribanceira
É o mistério profundo, é o queira ou não queira
É o vento ventando, é o fim da ladeira
É a viga, é o vão, festa da cumeeira
É a chuva chovendo, é conversa ribeira
Das águas de março, é o fim da canseira
É o pé, é o chão, é a marcha estradeira
Passarinho na mão, pedra de atiradeira
É uma ave no céu, é uma ave no chão
É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão
É o fundo do poço, é o fim do caminho
No rosto um desgosto, é um pouco sozinho
É um estepe, é um prego, é uma conta, é um conto
É um pingo pingando, é uma conta, é um ponto
É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando
É a luz da manha, é o tijolo chegando
É a lenha, é o dia, é o fim da picada
É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada
É o projeto da casa, é o corpo na cama
É o carro enguiçado, é a lama, é a lama
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um resto de mato na luz da manhã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É uma cobra, é um pau, é João, é José
É um espinho na mão, é um corte no pé
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
Um Miró de Tom Jobim
março 02, 2009
Pausa Carnavalesca
Dado correr neste blogue um pouco de sangue e de alma brasileira, o mesmo teve parado durante algum tempo.
Informo, porém, os estimados mirones que o Blogue seguirá dentro de momentos.
Que é o mesmo que dizer, dentro de algumas horas, com notícias de novos Mirós.
No mês em que o Inverno parte, para deixar entrar a Primavera.
Animem-se! O inverno tem os dias contados!
Chegou o mês de MARÇO!!!
Seja BEM VINDO!
Informo, porém, os estimados mirones que o Blogue seguirá dentro de momentos.
Que é o mesmo que dizer, dentro de algumas horas, com notícias de novos Mirós.
No mês em que o Inverno parte, para deixar entrar a Primavera.
Animem-se! O inverno tem os dias contados!
Chegou o mês de MARÇO!!!
Seja BEM VINDO!
Subscrever:
Mensagens (Atom)