
Aconteceu hoje, no 3º piso dos Juízos Cíveis do Porto.
Eu aguardava a chamada para uma diligência.
A testemunha também aguardava que a chamassem para dizer de sua ciência.
A natureza, porém, pregou-lhe uma partida, daquelas, aliás, perfeitamente normais para o comum dos mortais.
Quando menos esperava foi apoderada de uma imensa vontade de dar corda aos rins.
Procurou, em vão, as instalações a esse fim destinadas.
Até o solicito funcionário judicial a informar de que W.C....só no R/chão.
Melhor não facilitar, pensou a testemunha e logo o disse.
É que o mais certo era ser chamada, durante a viagem entre o 3º piso e o R/chão.
E lá iria a sua razão de ciência, para não falar da multa em que seria condenada.
Eu, sinceramente, acho inadmíssivel o sucedido.
Como é possível alguém deslocar-se a um Tribunal, em Portugal, e ter esse tipo de vontades?
Esquece, sem dúvida, que somos cidadãos da Europa Comunitária!
Que é o mesmo que dizer que não valorizámos tais necessidades básicas.
Em todo o caso, devem as exigências ser bem diferentes, em situações como a da Adega do Sr Manel.
Aquele espaço encolhido, de 3o metros quadrados, onde o sr Manel há mais de 50 anos serve petiscos.
Teve agora de fazer obras, para fazer mais um W.C..
Exigências comunitárias. É que agora os WC não podem ser unisexo.
Também, quem lhe manda a ele servir petiscos num espaço daqueles?
Não há condições e afinal nós estamos na EUROPA!
Se bem que, dizem as más línguas, muitos dos que vão aos Juízos Cíveis do Porto, acabam por verter águas na Adega do Sr Manuel!